sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

As razões por que apóio Miguel Rossetto

Marco Aurélio Weissheimer

Conheci Miguel Rossetto em 2000, durante as primeiras reuniões que ocorreram em Porto Alegre para a organização da primeira edição do Fórum Social Mundial. Na época, ele era vice-governador e secretário geral de governo. Do governo Olívio Dutra. Na primeira conversa com as organizações não-governamentais e movimentos sociais que estavam à frente da organização do Fórum, Rossetto abraçou imediatamente a idéia, em nome do governo. Começou aí um trabalho frenético para viabilizar a primeira edição do encontro, em janeiro 2001. Quem viveu esse período deve lembrar que o governo Olívio Dutra vivia sob um pesado e sistemático ataque da direita gaúcha. Ataque por terra, ar e mar. Quem não lembra das manchetes diárias de Zero Hora denunciando o caos na segurança pública (armava-se então o picadeiro do circo da CPI), a militância diária de Lasier Martins procurando dar a linha para a oposição em seus espaços na rádio Gaúcha, na RBS TV e no Conversas Cruzadas.A primeira edição do Fórum Social Mundial ocorreu neste ambiente político. Em janeiro de 2001, um grupo de políticos e intelectuais críticos ao evento, ligados principalmente ao PMDB gaúcho, criou uma página na internet, com endereço praticamente idêntico ao da página oficial do FSM. O clone da página do Fórum tinha o objetivo explícito de sabotar as idéias do evento. Foi criado pelo Instituto Século XXI, cujo presidente, Flávio Presser, coordenaria mais tarde o plano de governo da campanha de José Fogaça para a prefeitura de Porto Alegre. Atacava o Orçamento Participativo, o Fórum Social Mundial e qualquer coisa que pudesse ser associada aos governos do PT no Rio Grande do Sul. O mesmo Presser criou o site Cidadania Urgente, que atacava sistematicamente o Fórum Social Mundial e o Orçamento Participativo. O então deputado Eliseu Santos, que seria vice de Fogaça, era um dos mais ácidos críticos do Fórum, chamado por ele de “encontro de terroristas, traficantes e seqüestradores”.
Resgatar essa memória é fundamental para entender o sentido da candidatura Fogaça que acabou saindo vitoriosa na eleição municipal de 2004. E para entender também o sentido da disputa política envolvida nas eleições deste ano. Fogaça e sua tropa de choque nunca gostaram do OP e do Fórum Social Mundial. Pelo contrário, as ações de Flávio Presser e Eliseu Santos, para citar apenas dois casos, falam por si. A tentativa de apropriação dessas experiências na campanha eleitoral, como se sabe, foi apenas uma tática eleitoral baseada no reconhecimento da popularidade delas junto ao povo gaúcho. Nos dias que correm sempre é importante chamar a atenção para algo que não é um detalhe: os governos do PT em Porto Alegre, no Estado e em outras cidades gaúchas não foram combatidos furiosamente pela direita pelos seus erros, mas sim pelos seus acertos. Acertos do ponto de vista de um programa de esquerda, obviamente.Ao longo dos 16 anos que governou Porto Alegre e dos quatro que governou o Rio Grande do Sul, o PT construiu uma nova agenda política no Estado. Após sucessivas derrotas, o conservadorismo gaúcho re-alinhou suas tropas, unificou ações e partiu para uma guerra sem tréguas e sem escrúpulos. Lembro bem o dia da leitura do relatório final da CPI da Segurança Pública, quando o então deputado estadual Vieira da Cunha “indiciou”, entre outros, o governador Olívio Dutra, o vice Miguel Rossetto, o chefe da Casa Civil, Flavio Koutzii e o secretário de Segurança Pública, José Paulo Bisol. Todos os pedidos de indiciamento foram arquivados pelo Ministério Público por falta de provas. Pouco importava. O objetivo político da CPI já havia sido atingido: desgastar o governo junto à população. Pouco importava também, no caso de Fogaça, se ele era de fato favorável ao OP e ao Fórum Social Mundial. Toda e qualquer mentira justificava-se pela necessidade de tirar o PT da prefeitura de Porto Alegre e do governo do Estado.Mas o que isso tudo tem a ver com as eleições municipais deste ano? Tem a ver com algo chamado “memória”. Ela, a memória, não é uma gaveta velha onde guardamos nossas coisas mais queridas e, volta e meia, a abrimos com um sentimento nostálgico. A memória é um espaço de organização do presente, que nos ajuda a entender quem somos, onde estamos e para onde vamos. A memória não é uma gaveta velha e a história não é sinônimo de passado. Por isso, resgatei essa memória relacionada ao período em que conheci Miguel Rossetto. De lá para cá, o PT sofreu pesadas derrotas. Derrotas políticas, eleitorais e mesmo morais. O desastre que representou a associação do partido com figuras como Marcos Valério custou muito caro. E o partido ainda pagará o preço dessa fatura por muito tempo. As coisas não voltarão a ser como antes, mas isso não significa que elas não podem melhorar.
Podem e devem melhorar. Não apenas porque a sobrevivência do PT como partido de esquerda depende disso. Devem melhorar porque Porto Alegre e o Rio Grande do Sul são governados hoje por uma lógica política contra a qual o PT nasceu. Por políticos que se unificaram para tentar destruir a grande experiência que a esquerda gaúcha (que vai além do PT) construiu nesta terra e que foi motivo de inspiração para a esquerda em vários cantos do mundo. É importante ter isso em mente nas eleições deste ano. Recentemente, o prefeito de Montevidéu, Ricardo Erlich, lembrou-nos disso: é muito importante para a América Latina que Porto Alegre volte a ser um ponto de referência para a esquerda. Que volte a ser governada pelo espírito que trouxe o Fórum Social Mundial para a cidade. Mas a eleição é importante, sobretudo, para o povo de Porto Alegre e do RS, que é governado hoje por choques de gestão, por lobbistas de grandes grupos empresariais e por comerciantes do interesse público.Assim, a decisão que o PT tomará no dia 16 de março tem a ver com a sua memória, com a sua história e com a compreensão do que ocorre aqui no estado e no país. A direita não atacará pessoalmente quem for o candidato do PT. Atacará o que esse candidato representa, a nossa história, o sentido das nossas políticas. Atacará fundamentalmente os nossos acertos ou, como fez Fogaça em 2004, tentará se disfarçar sob os nossos acertos. Sem essa clareza política, virá uma nova derrota. A história política recente do nosso Estado mostra isso. O PT ganhou eleições que as pesquisas diziam estar perdidas. Ganhou a confiança do povo com políticas combatidas ferozmente pela direita. Teve vitórias políticas e eleitoras, portanto, quando teve confiança na sua história e nos seus melhores acertos.Eu apóio a pré-candidatura de Miguel Rossetto na disputa interna do PT porque tenho confiança política naquilo que ela representa. Há valores que precisam ser afirmados aqui. A confiança é um deles. A experiência é outro. Experiência de governo, de vida. Experiência de quem já esteve, várias vezes, na linha de frente das batalhas contra a direita gaúcha. De quem enfrentou a dureza de ser ministro do governo Lula em uma área que é um terreno minado. De quem sempre entrou em bolas divididas, que fez escolhas que exigiram e exigem sacrifícios pessoais e políticos. De quem acredita que o objetivo da política não é a política em si mesma, mas melhorar a vida. Ela, a experiência, assim como a memória e a história, são valores, portanto, que definem a nossa vida, o nosso presente e futuro. É sobre isso que estaremos decidindo no dia 16 de março.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Bom de Voto e Muito Mais

Na semana passada, li com surpresa e preocupação o texto de um apoiador da pré-candidata Maria do Rosário no qual havia um objetivo claro: demonstrar que Miguel Rossetto é ruim de voto. E aí começou um festival de comparações entre as votações de Rossetto ao senado em 2006 e as votações de outros candidatos do PT ao Senado em outras eleições. As comparações chegaram às raias do absurdo: comparou-se as votações de Rossetto, Lula e Olívio em 2006 e, inclusive, comparou-se a votação de Rossetto a deputado federal com a votação de Rosário a vereadora de Porto Alegre. E, é claro, depois de tanto contorcionismo chega-se a uma conclusão cristalina: se o debate for por aí, o PT já perdeu.Tenho um profundo respeito pela companheira Maria do Rosário e, por isto, acho que é ruim para sua campanha interna a divulgação de material tão desprovido de inteligência, tão sectário e destrutivo. Pelos critérios do companheiro Márcio T. dos Santos – autor do texto contra Rossetto – eu poderia fazer o seguinte raciocínio:Rosário fez quase 144 mil votos para deputada federal em 2002 e caiu para 110 mil em 2006,Rosário fez 68 mil votos para deputada federal em Porto Alegre em 2002 e somente 43 mil em 2006Na eleição de 2006, para deputado federal Rosário fez menos votos que Luciana Genro (185 mil votos X 110 mil votos) e menos ainda que Manuela (271 mil votos X 110 mil votos)Rosário fez muito menos votos em Porto Alegre do que as duas deputadas federais citadas.Os raciocínios são diferentes: neste aqui apresentado compara-se Rosário consigo mesma e com possíveis adversárias no pleito de 2008. Diferentemente do companheiro Márcio, entretanto, chego a conclusões completamente distintas. Por um simples motivo: não é possível nem mesmo correto comparar resultados eleitorais sem a devida contextualização histórica. Numa mirada afobada e acrítica poderíamos dizer que a votação de Rosário é declinante e que num curto espaço de 4 anos ela perdeu um em cada três eleitores de Porto Alegre.
Dizer isto, entretanto, é um grave absurdo.Porque não é possível analisar a votação de Rosário e do conjunto do PT sem levar em conta o mensalão, o “dólar na cueca”, o Silvinho Land Rover e a vergonhosa dupla Delúbio-Marcos Valério que tanto deixaram “pedaços de morte no coração” dos petistas quanto corroeram nossos resultados eleitorais no sudeste e sul do país. Não é possível esquecer o massacre midiático imposto ao governo Lula e, em especial, ao PT e seus candidatos.Portanto, quanto à eleição ao Senado em 2006 arrisco ressaltar dois aspectos: a coragem de Rossetto em enfrentar o “santo” reencarnado em forma de político Pedro Simon e o resultado de Porto Alegre, onde houve um empate técnico entre os dois candidatos. De fato, Rossetto é bom de voto e muito mais: é corajoso, capaz, lúcido e extremamente preparado. Talvez aí residam alguns critérios para a nossa escolha de março próximo: o perfil, a trajetória, a experiência, o desprendimento, a coragem e a capacidade administrativa de cada um dos candidatos.Rossetto foi um dirigente sindical respeitadíssimo e membro da Executiva Nacional da CUT. Foi convocado para o embate no Congresso Nacional e, na sua primeira eleição a deputado federal em 1994, obteve sucesso. Depois, em 98, quando poderia obter uma votação consagradora na reeleição como deputado foi convocado para a dura tarefa de ser vice na chapa do companheiro Olívio quando todas as pesquisas indicavam que Britto seria reeleito governador. Mais uma vez foi vitorioso. Foi candidato a vice na chapa de Tarso ao governo em 2002 e depois convocado pelo presidente Lula para ser Ministro do Desenvolvimento Agrário. Rossetto nunca escolheu o caminho mais fácil ou seguro. Mas construiu uma trajetória de respeito, diálogo e competência que é reconhecida por todos. Ou quase todos.O PT vai se deparar com uma eleição duríssima. Nenhum candidato nosso terá o caráter de novidade de uma eventual candidatura de Manuela. Nenhum dos nossos candidatos fará o discurso esquerdista – que tanto espaço tem em Porto Alegre – como o fará Luciana Genro. Isto somente para ficarmos no espectro de esquerda. Portanto, para que possamos voltar a dialogar de forma inteligente e fundamentada com toda a cidade, para que possamos voltar a disputar corações e mentes será necessária uma candidatura extremamente qualificada, com uma biografia irretocável e que não sofra nunca a tentação do debate simplificado e rasteiro como o apresentado no texto do companheiro que apóia Rosário.
Espero que em 2008 ao menos não percamos para nós mesmos.
Saudações Petistas
Paulo Heineck, militante do PT

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Renúncia Não, outras tarefas para o Velho Camarada!

Sai de Cena o Comandante, permanece e permanecerá para a História a influência do Militante, do "soldado das idéias" como ele próprio se define. Fidel influenciou a Esquerda Latina e influenciará por muitas décadas. Surpreendeu o Mundo quando em 1959, Fidel juntamente com Guevara e demais companheiros, tomaram Cuba e libertaram seu povo da Ditadura de Fulgêncio Batista e do capital norte americano que explorava o povo da Ilha. Fidel não só comandante, mas militante da Revolução, que coloca-se como soldado a serviço não apenas da Revolução Cubana, mas como bom Socialista também das causas coletivas, internacionais e humanitárias.
Fidel se afasta da tarefa de Comandante Chefe em um contexto que o povo Cubano acredita em sua Revolução e no seu País construído e forjado em muitas lutas pela soberania.O povo Cubano continuará sua trajetória de luta e conquistas alicerçado no legado da Revolução e na sua História.
Mauren Pacheco

Análise de Ignácio Ramonet, publicada na Carta Maior

O FUTURO DE CUBA
Não haverá um substituto para Fidel
Não pode haver um substituto para Fidel. Não apenas por suas qualidades como líder, mas porque as circunstâncias históricas nunca serão as mesmas. Fidel presenciou tudo desde a revolução cubana até a queda da União Soviética, e décadas de confronto com os EUA. A análise é de Ignácio Ramonet.
Ignácio Ramonet*
A longa e extraordinária carreira política de Fidel Castro chegou ao fim - pelo menos no que se refere à presidência. Mas sua enorme influência irá continuar viva. Suas colunas regulares para o Granma, o jornal do Estado - para onde ele continuou escrevendo durante sua doença - irá continuar. Apenas agora, a assinatura será alterada - ao invés das reflexões do comandante chefe, agora será velho camarada Fidel. Os cubanos e observadores internacionais em geral continuarão lendo.Não pode haver um substituto para Fidel. Não apenas por suas qualidades como líder, mas porque as circunstâncias históricas nunca serão as mesmas. Fidel presenciou tudo desde a revolução cubana até a queda da União Soviética, e décadas de confronto com os Estados Unidos. O fato dele se afastar em vida irá ajudar a assegurar uma transição em paz. O povo cubano agora aceita que o país ainda pode ser conduzido no mesmo caminho, mas por um time diferente. Há um ano e meio, eles estão se acostumando com a idéia, enquanto Fidel permaneceu teoricamente como presidente. Como sempre, Fidel era o mentor.A coisa mais surpreendente que eu achei sobre esse homem, em mais de cem horas que passamos juntos em conversas para a compilação de sua memória, foi o quanto ele era modesto, humano, discreto e respeitoso. Ele tem uma enorme moral e senso ético. Ele é um homem de princípios rigorosos e existência sóbria. Ele também é – eu descobri – apaixonado pelo meio ambiente.Ele não é nem o homem que a mídia ocidental pinta nem o super-homem que a imprensa cubana às vezes apresenta. Ele é um homem normal, ainda que um homem incrivelmente batalhador. É um estrategista exemplar, que conduziu sua vida com permanente resistência. Ele contém uma curiosa mistura de idealismo e pragmatismo: ele sonha com uma sociedade perfeita, mas sabe que as condições materiais são muito difíceis de serem transformadas.Ele deixa seu gabinete confiante que o sistema político de Cuba está estável. Sua preocupação atual não é mais sobre o socialismo no seu país do que a qualidade de vida ao redor do mundo, onde muitas crianças são iletradas, famintas e sofrendo de doenças que poderiam ser facilmente curáveis.Ele também pensa que seu país deve ter boas relações com todas as nações, independente de seus regimes ou orientações políticas. Agora ele está passando a responsabilidade para um time que já foi testado e no qual tem confiança. Isso não irá trazer mudanças espetaculares. Muitos dos próprios cubanos – mesmo aqueles que criticam aspectos do regime – não desejam mudanças. Eles não querem perder as vantagens que foram conquistadas, a educação gratuita até a universidade, o acesso gratuito e universal à saúde, ou o fato de que há segurança e paz, num país onde a vida é calma.Relações com os EUAE enquanto Fidel Castro atua em tempo integral como colunista, então, a principal tarefa de seus herdeiros políticos será a forma de enfrentar o desafio perpétuo de Cuba: as relações com os Estados Unidos. Nós devemos esperar para ver se vão ocorrer mudanças. Por duas vezes, Raul Castro anunciou que está preparado para dialogar com Washington sobre os problemas entre os dois países.E os próprios Estados Unidos podem ter uma mudança em sua política. O democraca Barack Obama já sinalizou, por exemplo, desejo de interagir com países tidos como inimigos da América, como o Irã, a Venezuela ou Cuba. No entanto, uma imediata e radical mudança é improvável, embora exista razão para esperar que as eleições de novembro nos Estados Unidos provoquem ao menos no médio prazo uma atmosfera diferente dos anos Bush – uma gestão que Fidel considerou a mais perigosa dos 10 presidentes estadunidenses com quem ele teve experiência, não apenas para Cuba, mas também para o povo estadunidense e para o mundo.A saída de Bush provavelmente conduzirá a uma reavaliação da política externa: aprendendo com as desastrosas lições do Iraque e do Oriente Médio e retornando o foco para a América Latina. Os Estados Unidos vão encontrar um cenário político transformado: pela primeira vez, Cuba tem verdadeiros amigos no governo na América Latina, sobretudo na Venezuela, mas também no Brasil, Argentina, Nicarágua e Bolívia, uma série de governos que não são particularmente pró-estadunidenses. É do interesse dos Estados Unidos redefinir suas relações com todos eles, de forma não-colonial, não-explorativa e baseada no respeito.Ao mesmo tempo, Cuba tem desenvolvido estreita relações com países parceiros como a Alternativa Bolivariana para as Américas – uma organização política e econômica – e acordos com o Mercosul na área comercial. No quadro internacional maior, Cuba deixou de ser um caso único.As mudanças mais visíveis que podem ocorrer no plano internacional são o fortalecimento dos laços com a América Latina. O socialismo será sem dúvida alterado, mas não nos moldes do que ocorreu na China ou no Vietnã. Cuba continuará seguindo o seu próprio caminho. O novo regime começará as mudanças no nível econômico, mas a perestroika cubana não a abrirá politicamente, não haverá eleições multiparditárias. Suas autoridades estão convencidas de que o socialismo é a correta escolha, mas o sistema deve ser sempre melhorado. E sua preocupação agora, mais do que o afastamento de Fidel, é ser unitário.Mas em Cuba tudo é relacionado aos Estados Unidos: aquilo que é um aspecto global da política externa precisa ser compreendido. O afastamento de Fidel, antecipado há tempos, significa continuidade. Mas para a evolução dessa pequena nação histórica, a eleição de Obama poderia ser sísmica.*Ignácio Ramonet é diretor do jornal francês Le Monde Diplomatique, faz parte da coordenação internacional do Fórum Social Mundial e é autor do livro Biografia a Duas Vozes, pela Editora Boitempo.
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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Carta à militância petista

O PT nasceu da luta e do exemplo de que é possível fazer política apostando na verdade, cultivando a esperança e realizando a transformação. Aqui em Porto Alegre, o que fizemos nos 16 anos de Administração Popular serviu de modelo para cidades do mundo inteiro. Aprendemos que só há melhoria real de qualidade de vida quando ouvimos nosso povo e tomamos as decisões juntos. Construímos, com a população da cidade, o Orçamento Participativo e esse gigantesco movimento de esperança que é o Fórum Social Mundial. As nossas bandeiras ganharam as ruas dessa terra, com orgulho e certeza de que era possível fazer diferente e ousar.

No dia 16 de março, o PT definirá sua candidatura à prefeitura de Porto Alegre. É com muita honra e entusiasmo que aceito o desafio de representar o partido para que a nossa cidade seja novamente uma referência mundial de democracia e qualidade de vida. Para isso, precisamos derrotar a direita, representada pelos governos Fogaça e Yeda. Nós, que lutamos pela construção de um PT ético, democrático e socialista, sabemos que a força da militância é fundamental para vencermos esse desafio. Além de chegarmos à Prefeitura, precisamos fazer uma grande administração, capaz de recolocar Porto Alegre no nível atingido durante os governos da Frente Popular, fazendo a cidade avançar para o futuro. Vamos construir um novo ciclo de governos de esquerda na cidade, com participação popular e políticas públicas eficientes. Conto com teu apoio para construirmos uma grande vitória em Porto Alegre.

Miguel Rossetto

Para o PT vencer e governar Porto Alegre
O PT construiu em Porto Alegre uma história de lutas e vitórias que tornaram nossa cidade referência mundial de democracia, participação e qualidade de vida. Todas essas vitórias foram conquistadas a partir da força nossa militância. Sempre foi o PT que venceu, combinando a qualidade de nossos candidatos com o entusiasmo e a participação da nossa gente. É assim que, na disputa eleitoral de 2008, vamos reconquistar Porto Alegre. O companheiro Miguel Rossetto representa essa história de vitórias, luta e participação. Temos orgulho dessa história e confiança que, com Rossetto, o PT tem todas as condições de vencer e voltar a governar Porto Alegre, com as melhores práticas que fizeram da nossa capital um motivo de inspiração para lutadores do mundo inteiro.

Confiança e competência para governar

Todos os militantes do PT conhecem e confiam na trajetória de Miguel Rossetto, sabem da sua firmeza, da sua conduta, coerência e postura transparente. Dirigente sindical, fundador do PT, sempre trabalhou pelo fortalecimento do partido. Como deputado federal, vice-governador, secretário-geral do governo e ministro do governo Lula, Rossetto mostrou competência, capacidade de diálogo e coragem para enfrentar os problemas. Foi um dos principais articuladores do Fórum Social Mundial. É reconhecido por todos como um grande administrador que pode recolocar o governo de Porto Alegre no nível atingido durante os governos da Frente Popular e fazer a cidade avançar para o futuro. Essa característica é fundamental para recuperar a cidade depois do desmonte produzido por Fogaça e para coordenar e potencializar as ações do governo Lula em Porto Alegre.

Rossetto está do lado de quem luta por um PT ético, democrático e socialista
Rossetto tem compromisso com o patrimônio que acumulamos durante os 16 anos que governamos Porto Alegre e os quatro que governamos o RS. Conta com o apoio das principais lideranças deste período e de outros dirigentes históricos do campo democrático-popular. É um nome que tem ao seu lado aqueles que lutam pela reconstrução do partido, que não cederam às políticas que nos levaram à grave crise política em 2005 e que querem o PT comprometido com os valores da ética, da democracia e do socialismo. Com Rossetto na Prefeitura, todo o PT estará no governo, sem exclusões, garantindo voz e participação a todas as forças políticas do partido.

É bom de voto e bom de debate

Miguel Rossetto já vivenciou, com sucesso, duros debates. Forjado na luta e no duro trabalho cotidiano de nossos governos, alia experiência, consistência programática e capacidade de enfrentamento com a direita. É um nome que reúne condições de trabalhar, já no primeiro turno, pela reunificação da Frente Popular, abrindo um canal de diálogo para construir uma política de alianças com aliados históricos como o PCdoB, o PSB e os trabalhistas do PDT.

Na eleição para o Senado, em 2006, fez mais de 220 mil votos em Porto Alegre. Em todo o Estado foram mais de 1,5 milhão de votos, desmentindo as pesquisas que apontavam uma votação bem menor.

Entre na campanha: (51) 3228.0918 (51) 3227.7300
Acesse o blog do Rosseto - http://miguelrossetto.blogspot.com

Nesta Segunda - Plenária da pré-candidatura Miguel Rossetto

Plenária da pré-candidatura Miguel Rossetto - Prefeito de Porto Alegre
18 de fevereiro / segunda-feira
Às 19 horas
Na Casa dos Bancários - Rua General Câmara, 424 - Centro