domingo, 25 de novembro de 2007

Eu quero meu PT de volta!

Esta frase marcou o discurso do candidato Zé Eduardo Cardoso no ato político dia 20 no Congresso Nacional. Ela exprime o desejo de milhares de filiados alijados dos processos decisórios do partido, as vezes afastados da militância por falta de espaços democráticos de participação, alguns envergonhados dos atos praticados por dirigentes partidários, desesperançados de um partido meio sem rumo, meio sem gana, meio sem vontades.

Os petistas querem voltar a botar a estrela no peito sem serem alvos de olhares maliciosos, querem sair para panfletear aos domingos nas praças, querem as praças de volta, querem as ruas e as calçadas das cidades, querem ter orgulho de novo. Querem de volta a bandeira da ética e da honestidade.

Os petistas querem debater nas reuniões do partido, querem ter suas opiniões contestadas, combatidas, modificadas, aceitas ou recusadas, mas querem ter lugar e tempo para exprimi-las. Querem conhecer seus dirigentes de vê-los nas sedes do partido, não só nos jornais. Aquele partido onde os encontros municipais tinham pauta e debate, tinham propostas e emendas, não apenas urnas e mesários.

Os filiados e filiadas querem de volta o partido dirigente, o partido com programa, apontando futuros e criando um país melhor. De volta um partido que seja a síntese da vontade de milhões de pobres e trabalhadores, que lute contra as desigualdades, contra os preconceitos, que esteja à frente das lutas do povo. Queremos pensar utopias, não apenas programas eleitorais. Queremos ousar e romper barreiras, não apenas votar e ser votado.

Estes petistas querem debater o Orçamento Participativo em suas cidades, querem debater a reforma agrária, querem que o partido promova a reforma política. Querem que o partido denuncie as fraudes e falcatruas de tucanos e demos e não compre dossiês daquilo que todos sabem.

Os homens e as mulheres do partido querem um partido autônomo e apoiador do governo, que seja aquele que estimule os avanços e critique os recuos, que incida e seja independente, que dê ao governo discurso e rumo certo.

E, principalmente, não queremos varrer a poeira para baixo do tapete, queremos lavar a alma na democracia partidária.


Alvaro Alencar, 22/11/2007

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